sexta-feira, 7 de março de 2014

RELATÓRIOS 01/2014

FACULDADE DE IMPERATRIZ-FACIMP - CURSO DE FARMÁCIA  4º PERIODO
DISCIPLINA: MICROBIOLOGIA
ACADÊMICOS: ANA LIVIA, IALAINE DE MORAIS, SUELEN MAIOR, SUZANE RAMOS.


 QUESTIONÁRIO DA PRÁTICA COLORAÇÃO DE GRAM
1) A coloração de Gram possibilita caracterizar as bactérias quanto ao comportamento tintorial (Gram-positiva e Gram-negativa), morfologia (cocos, bacilos, espirilos) e arranjo (em cacho, em cadeias, aos pares). Qual o significado destas informações para a medicina? É importante porque auxilia no diagnóstico e tratamento das doenças infecciosas.

2) A coloração de Gram exerce alguma importância em diagnósticos clínicos de bactérias isoladas de infecções humanas e animais? Citar pelo menos um exemplo.
 SIM, Algumas bactérias, tais como a NEISSERIA, apresenta características peculiares. Assim o achado de diplococcus Gram-negativos, intra e extracelulares em secreções pode sugerir uma GONORRÉIA, no caso da secreção uretral, ou uma MENINGITIDE, no caso do material for um LIQUOR.

3 Empiricamente, Gram estabeleceu uma sequência para a aplicação dos corantes que integram a metodologia. Comentar os resultados possíveis de serem obtidos com as inversões da sequência referida no método. Resp = Os microrganismos respondem diferentemente ao método. Há os que retém o pigmento característico do corante (cristal violeta) em vista da formação de um complexo com a solução iodo-iodeto (lugol), apesar da lavagem com álcool ou acetona, motivando uma desidratação da parede celular, diminuição da porosidade e da permeabilidade. São os Gram-positivos. E há os que permitem a remoção do pigmento do corante pela lavagem com álcool ou acetona, em decorrência da extração de lipídios da parede, o que leva a um aumento da porosidade celular. São os Gram-negativos. Tratando, os dois grupos, com contra-corante (safranina ou fucsina básica) observa-se que as células do primeiro (Gram-positivos) não são afetadas e permanecem azuis ou violeta; enquanto que para o outro (Gram-negativos) as células absorvem o contra-corante, tornando-as vermelhas.

4) Sabe-se que se a parede celular é o sítio preferido pela fixação da reação de Gram. Fazer um esquema mostrando esta associação, para o caso típico de uma bactéria Gram-positiva. RESP = A parede celular bacteriana apresenta particularidades na sua composição química. Este dado é absolutamente coincidente com a resposta à reação de Gram. A presença de maior teor de peptideoglicano nos Gram-positivos, tem sido apontado como fator determinante da retenção do complexo ao nível de parede. Tanto assim que os protoplastos, produzidos por ação de lisozima ou por efeito de penicilina sobre os Gram-positivos, não são capazes de reter o pigmento, após lavagem com álcool ou acetona. Portanto, a reação de Gram resulta essencialmente das interações do complexo, cristal violeta ou violeta de genciana e iodo, com o peptídeoglicano da parede celular, numa combinação ainda não de todo esclarecida, na qual a presença de ribonucleato de magnésio é mediadora da fixação do corante.


5) Sendo o Gram um método de coloração diferencial, como esta reação pode ser empregada para a verificação do estado de pureza de uma determinada cultura?
Resp =  A realização periódica do exame de uma cultura pura demonstra que todas as colônias apresentam a mesma característica morfotintorial.

6) Comente o efeito da penicilina sobre a parede celular bacteriana, correlacionando-o com a reação tintorial de Gram. RESP = A penicilina agem sobre a parede celular, causando ruptura e conseqüentemente altera todas as características morfotintorial observada na coloração de Gram.

7) Comente a frase: “Uma bactéria Gram-negativa pode tornar-se Gram-positiva, dependendo do tempo de incubação da cultura, mas o inverso não é verdadeiro”.
RESP = A característica tintorial de Gram-negativa é devido a presença da membrana externa, que pode ser perdida em certas condições de cultivo desfavorável, fazendo com que a bactéria apresente característica de Gram-positiva (roxa), mas o contrário não é possível porque uma bactéria Gram-positiva jamais adquire a membrana externa, ou seja, uma vez, Gram-positiva, sempre Gram-positiva

8) Os procedimentos realizados estão de acordo com o protocolo. Comente as alterações ou adaptações realizadas. RESP =  Sim, estavam todos de acordo com o protocolo

9) Relacione os matérias listados neste protocolo que não foram utilizados e quais outros materiais utilizados. Será que houve alguma falha no procedimento pela falta ou substituição do material? RESP = Os matérias estavam de acordo com o protocolo. Os matérias utilizados foram bico de busen, alça de platina, lamina, violeta, lugol, água, álcool acetona, água e fucsina.
10) Quais as dificuldades encontradas na realização dessa prática? RESP = Não houve dificuldade nessa pratica, pois conseguimos vizualizar os estafilococos

11) Os procedimentos de biossegurança foram seguidos com rigor? Quais os possíveis riscos de acidente de trabalho que os alunos e o professor sofreram? Comente sobre as normas de biossegurança. RESP = Os procedimentos de biossegurança foram todos seguidos; os acadêmicos estavam com os EPI´S adequados. Os possíveis riscos que poderíamos sofrer é a contaminação com os materiais ou um corte caso a lamina quebrasse

12) Elabore 10 questões a respeito da prática ao seu professor, para melhor esclarecimento das suas dúvidas.

  1. Quais os métodos de observação microscópica de bactérias?
  2. Quais as Doenças Infecciosas e seu agente infeccioso que são diagnosticados seguramente pela uma coloração simples?
  3. Quais as limitações do exame de colocaração de gram?
  4. Quais cuidados a serem tomados para execução satisfatória da tecnica?
  5. Qual a aplicação da coloração no Diagnóstico Laboratorial de doenças infecciosas?
  6. Qual a base da coloração de Gram
  7. Se caso ao fazermos a coloração de Gram de um esfregaço, esquecemos de descorar com álcool-acetona, ao examinar uma cultura de bacilos e cocos, o que poderíamos observar?

Alunas: Ana Lívia, Ialaine de Morais, Suelen Alves E Suzane Ramos

Microbiota do corpo humano


Objetivo: Observar a presença de bactérias em diversas partes do corpo humano
Princípio: Cultivo dos microrganismos isolados das diversas partes do corpo humano, através da semeadura em meios de cultura enriquecido e seletivo para bactérias Gram-positivas (ágar sangue), Gram-negativas ( ágar Mac Conkey) e para fungos ( ágar sabourand)
Material:  Placas com os meios de cultura: ágar sangue, ágar Mac Conkey e ágar sabourand; tubos com 2ml de soro fisiológico; swab estéril
 Métodos:
1.                    Escolha uma parte do corpo humano ( mãos, axilas, pés, tórax, boca, etc., ) e colete amostra passando um swab estéril umedecido com soro fisiológico
2.                    Semeie a amostra nos meios ágar sangue, agarmacConkey e ágar Sabourand
3.                    Incubar a 37 ºC por 24 a 48 horas e observar as características fenotípicas das colônias. Se possível, contar o número de colônias
Resultados:
Características fenotípicas das colônias: Staphylococcus aureus, também conhecido como estafilococo-dourado, é uma espécie de estafilococo coagulase-positivos. Juntamente com a Escherichia coli, é uma das mais antigas bactérias simbiontes do homem. Porém, em grandes quantidades, pode ser uma virulenta espécie do seu género, devido à presença de toxinas
Tamanho: Têm forma esférica (são cocos), cerca de  0,5 a 1,0 µm de diâmetro, e formam grupos com aspecto de cachos de uvas com cor amarelada

Bordas: .....................
Elevação: ...................                                   Cor: amarela
Hemólise: ...................                                   Fermentação da lactose: ............................

 QUESTÕES
1.                   De que forma a flora normal dificulta o desenvolvimento de possíveis patógenos.
R: Através da biológica, onde algumas espécies bacterianas além de consumir mais rapidamente os competição nutrientes, produzem metabólitos que inibem o crescimento de outras espécies bacterianas
2.                  Em que período do desenvolvimento humano se inicia o desenvolvimento da microbiota normal?
A formação da microbiota normal, com a qual o homem convive por toda a vida, tem inicio no momento do nascimento, pois, ao passar pelo canal do parto, ele recebe os primeiros componentes de sua microbiota

3.                  As bactérias infectantes causam doenças, quando invadem os tecidos mais profundos. Para permanecer em estado de saúde, portanto, o hospedeiro precisa defender-se constantemente contra a invasão bacteriana. Descreva os principais mecanismos de defesa antibacteriana do hospedeiro
Anticorpos: são proteínas produzidas por células brancas especializadas chamadas de linfócitos. Os anticorpos têm uma forte afinidade química por tipos específicos de matérias biológicas estranhas. Antígenos são componentes de materiais estranhos (por exemplo, micróbios) que interagem com anticorpos.

Complemento: Além dos anticorpos, outro grupo de proteínas circulantes no sangue e fluidos corporais constituem o sistema complemento. Essas proteínas possuem habilidade para destruir certos patógenos através da interação com eles. Tal interação pode ser promovida por anticorpos ou talvez aconteça na ausência de anticorpos. Logo, soro sanguíneo de indivíduos saudáveis com falta de anticorpos destruirá muitas espécies de bactéria e este meio de proteção adicional, parcialmente, explica porque muitas  espécies de bactéria são incapazes de causar doença em humanos. 

Linfócitos: Existem dois grupos principais de linfócitos, B e T. Linfócitos B têm a habilidade de produzir anticorpos específicos diretamente contra antígenos estranhos aos quais eles estão estranhos. Essa é a base para a prevenção de doença pela imunização. Por exemplo, pacientes podem ser infectados com uma estirpe atenuada, ou mais fraca, de poliovirus. 

Inflamação é um fenômeno pelo qual o organismo responde à uma irritação ou a uma infecção. Pequenos vasos sanguíneos dilatam e fluido escapa, produzindo inchaço, vermelhidão e calor. Células brancas fagocíticas entram no local, aderem à parede dos vasos sanguíneos e migram para o tecido par atacar microrganismos invasores. Febre, ou elevação da temperatura normal do corpo (36,6 +/- ºC / 98,6 ºF) é uma resposta comum á várias infecções. A febre aparece para ajudar o organismo na luta contra a infecção aumentando a resposta imune. A febre result da produção de pirógenos endógenos produzidos por células fagocíticas e esses produtos agem no hipotálamo, que controla a temperatura corporal. 

Células fagocíticas (fagócitos): Três grandes tipos de fagócitos estão envolvidos na proteção em seres humanos contra a infecção. Os neutrófilos, polimorfonucleares, são fagócitos que engolfam e destróem patógenos. A ingestão é mais eficiente quando os patógenos foram cobertos com anticorpos ou complemento ou ambos. Neutrófilos, as células que constituem o pus, migram rapidamente para o local do trauma ou infecção para destruir os micróbios. Os macrófagos são grandes, menos móveis que os neutrófilos que possuem a especial capacidade de matar organismos que podem sobreviver à ingestão por polimorfonucleares. Logo, tais ogranismos como Mycobacterium tuberculosis ( o agente que causa tuberculose) não são destruídos por neutrófilos, mas eles são destruídos por macrófagos cuja atividade é aumentada por substâncias produzidas por linfócitos T. Macrófagos são achados no fígado, baço, pulmão e medula óssea. Os eosinófilos são células quem têm potencial especial para matar micróbios multicelulares como os helmintos. Pacientes com infecções como trichinosis causada por helminto frequentemente terá uma contagem de eosinófilos muito alta no sangue. Células fagocíticas matam organismos engolfando para um vacúolo chamado de fagossoma. Essa vesícula começa a ficar cheia de metabólitos ativos de oxigênio, incluido peróxido de hidrogênio e superóxido e várias outras enzimas encontradas em fagócitos. A maioria dos micróbios são rapidamente mortos por essas células. 

4.                    Cite os possíveis  mecanismos, que os microrganismos da microbiota normal do homem, utilizam para impedir à proliferação de agentes patogênicos.
 Impedir a colonização por patógenos do meio externo e o possível desenvolvimento de doença por meio de interferência bacteriana, Estimulação do sistema imune; Papel no metabolismo e na nutrição humana. Ajudar na absorção de nutrientes.

5.                  Descreva o procedimento que utilizou para isolar as bactérias do meio ambiente.

1-      Colocamos as pontas dos dedos da mãos no meio de cultura agar- Miller
2-      2- esperamos 72 horas para que houvesse o crescimento bacteriano.
3-      Fizemos a identificação das bactérias e registramos o encontrado.
4-      Logo em seguida fizemos o isolamento da bactéria.





6.                  Quais são os fatores que contribuem para a proliferação e disseminação de bactérias no meio ambiente?

Temperatura: nas épocas frias do ano, a incidência de enfermidades do sistema respiratório dos animais é maior; pois a instalação, e propagação das doenças são facilitadas pela baixa temperatura, e pela aglomeração dos animais. Por outro lado, no verão, com temperatura mais alta, observa-se uma ocorrência maior de afecções gastroentéricas, normalmente traduzidas por diarréias.

b) Calor e umidade: favorecem a manutenção e propagação de doenças, cujos agentes etiológicos necessitem de tais condições para sua proliferação e sobrevivência. A incidência de helmintos é maior nos animais criados em terrenos alagadiços, com umidade excessiva. A ocorrência de doenças veiculadas por vetores, como a anaplasmose e babesiose, transmitidas pelos carrapatos é maior nas épocas quentes do ano, como na primavera e verão, em função das condições favoráveis ao desenvolvimento dos carrapatos.

c) Topografia: a topografia do solo poderá predispor ao acúmulo de água estagnada tornando-o úmido, mantendo o local adequado, para o desenvolvimento de ovos e larvas de helmintos, ou de outros agentes causadores de doenças.

d) Composição do solo: os solos deficientes em elementos minerais podem influenciar a qualidade das gramíneas ou leguminosas cultivadas nestes locais, tornando-as deficientes em seus elementos minerais, podendo causar nos animais as chamadas doenças carenciais e metabólicas, como: o raquitismo, osteomalácia, marasmo enzoótico, entre outras. Com relação aos fatores biológicos destacam-se:

d) Animais susceptíveis: existindo um maior número de hospedeiros susceptíveis no local, serão maiores as chances de propagação de doenças.
e) Hospedeiros intermediários: da mesma forma que para os animais susceptíveis, quanto maior o número de hospedeiros intermediários numa região, maior a possibilidade de disseminação de doenças. É o caso da cisticercose nos suínos, e da hidatidose nos ovinos.


7.                  De que forma pode-se manter sob o controle a população microbiana em um ambiente?
Esterilização:
–Destruição de todas as formas de vida microbiana, incluindo os esporos.
–Vapor sob pressão (autoclave), gás esterilizante (óxido de etileno)
Esterilização comercial:
–Tratamento com calor suficiente para eliminar os esporos de Clostridium botulinumnos alimentos enlatados.

Desinfecção:
–Destruição dos patógenos vegetativos, usado em matéria inanimada.
–Pode utilizar métodos físicos (UV, água fervente ou vapor) ou químicos (desinfetantes).
–Não inativa formas esporuladas.

Antissepsia:
–Destruição dos patógenos vegetativos em tecidos vivos pela inibição do seu crescimento ou atividade.
–Antimicrobianos químicos (antissépticos).

Degermação:
–Remoção mecânica dos microrganismos de uma área limitada como o local em torno de uma injeção na pele (ex.: algodão embebido em álcool, solução de povidine-degermante).

Sanitização:
–Redução de microrganismos de utensílios alimentares, equipamentos industriais e ambientes hospitalares até níveis seguros de saúde pública (lavagem com alta temperatura).

  

8.                  Qual a importância do isolamento de germes em um ambiente hospitalar?
Para evitar que ocorra infecções hospitalares no local de instalação: infecção urinarias, infecções cirúrgicas, infecções respiratórias, Sepses. De acordo com o agente causador: Cruzada: provocada pôr uma cepa que penetra no organismo enfermo com um sistema defensivo gravemente afetado, procedente de um portador ou dos fômites de outros doentes. Superinfecções hospitalar: é um quadro clinico, causado pôr uma nova bactéria que atua como agente continuador do processo infeccioso no qual o doente é portador. Infecções oportunistas: provocada pôr germes não patogênicos de um organismo comprometido.



FACULDADE DE IMPERATRIZ – FACMP
CURSO DE ENFERMAGEM – 5º PERÍODO

CÉLIO SAMPAIO, ELIZABETE GOMES ROCHA, EMANUELA SILVA FONTES, GISLANDIA OLIVEIRA FERREIRA, JANE COSTA, JOATAN DA SILVA E SILVA, MATTHEUS KLINSMAN LIMA COELHO e SILAS EDUARDO SANTOS SOUSA

DADOS EPIDEMIOLÓGICOS DAS DST


Trabalho apresentado à disciplina de Microbiologia, como requisito para a aquisição de nota parcial, válida pelo Curso de Enfermagem da Faculdade de Imperatriz – FACIMP.



SUMÁRIO


SIFILIS
No Brasil, estima-se que ocorrem 900 mil casos de sífilis por ano. A prevalência na gestante é de 2,6%, o que corresponde a quase 50 mil gestantes com sífilis e 12 mil casos são de sífilis congênita por ano. A Bahia acumulou, no período de janeiro de 2000 a setembro de 2012, 3.227 casos de sífilis em gestantes. No mesmo período, foram registrados 1.851 casos de sífilis congênita no Estado.
Em Salvador, durante a semana de incentivo à coleta, realizada em 2010, entre 18 e 22 de outubro, foram processadas 1.005 amostras coletadas de usuários de 12 distritos sanitários, sendo 49 delas positivas para sífilis, o que corresponde a 4,9% de positivos, quase o dobro do esperado para o Brasil, que é 2,6%. A taxa de prevalência de sífilis na população de 17 a 21 anos do sexo masculino, em 2002, era de 0,874%.

GONORREIA


Reportando recentemente em países em desenvolvimento, um em cada 7 homens com gonorreia (citado no Manual de planejamento e Coordenação de Programas-AIDSCAP THJ-1996). Dentre mulheres com infecções não tratadas por gonorreia 10 a 40% desenvolvem doença inflamatória pélvica (DIP). Destas, mais de 25% se tornarão inférteis. Para efeito de comparação, observa-se que a taxa de infertilidade por causas não infecciosas é estimada em 3 a 7%.
Dados de países desenvolvidos indicam que mulheres que tiveram DIP têm probabilidade 6 a 10 vezes maior de desenvolver gravidez ectópica. Lembrar que nos países em  desenvolvimento, a gravidez ectópica contribui com mais de 15% das mortes maternas (Global Strategy for STI Prevention and Control Meeting. WHO, Geneva, nov. 2004).

HERPES


Todos correm os riscos de contrair o vírus do herpes. Uma pesquisa nacional realizada no período de 1988 a 1994 descobriu que apenas 27% dos americanos com pelo menos 12 anos de idade não tinham nenhuma evidência de já terem sido infectados com alguma forma do vírus do herpes. No ano de 1994,um estudo realizado no HUCFF/UFRJ, demonstrou que uma população de doadores de sangue voluntários, de comportamento sexual não-promíscuo, apresentou soro prevalência para o HSV-2 de 29,1%.
O mesmo estudo avaliou uma população de 105 pacientes, com comportamento sexual promíscuo, incluindo prostitutas, homossexuais e bissexuais com história de multiplicidade de parceiros sexuais, observando soro prevalência de 72%. O teste mostrou-se significativo no nível de 5% de probabilidade quanto à maior prevalência do HSV-2 no segundo grupo. Mais da metade das pessoas na primeira pesquisa havia sido infectado apenas com HSV-1, 5% com o HSV-2, e quase 17% com ambos. A infecção é permanente.
Assim, a pessoa uma vez infectada irá permanecer infectada. No herpes oral, a maior incidência do primeiro contato ocorre entre 3 meses e 3 anos de idade. Na adolescência a incidência é de 62% do HSV-1 e, em algumas regiões, 90% das pessoas estão contaminadas com um dos dois tipos do herpes- vírus, embora só um em cada dez infectados manifeste a doença (nos outros, o vírus fica inativo).
A incidência varia de acordo com a região, o país, a higiene e as condições socioeconômicas. Existem estatísticas tanto nacionais quanto internacionais mostrando que a partir dos 40 anos, mais de 75% da população mundial ,em média têm anticorpos contra o herpes, ou seja, já entrou em contato com o vírus. Entretanto, na África, trabalhos indicam que a soro prevalência para o vírus do herpes é positiva em 95% da população. No Brasil, 65% dos adultos acima de 40 anos têm herpes labial. O aumento na incidência da infecção herpética genital pelo HSV-1 não acontece só no Brasil, mas em cenário mundial. O cientista Mello estudou 57 pacientes portadores de herpes simples genital em populações amazônicas, isolando o HSV-1 em 28,5% das ulcerações genitais. Essa incidência pode chegar a 50% em certas regiões da Inglaterra. No caso do Herpes labial sob sua forma sintomática (visível) ele se desenvolve anualmente apenas em 50 % dos portadores, com em geral uma a duas manifestações ao ano. Infelizmente, 5 a 10% dos portadores conhecem mais de seis manifestações ao ano.
Como podemos observar através destes dados, a herpes labial é de fato uma das doenças infecciosas mais frequentes no mundo. Em torno de 10% das pessoas que entraram em contato com o vírus do herpes tiveram apenas a primeira-infecção herpética, ou seja, tiveram a infecção apenas uma vez. Portanto, existe a possibilidade de ter a doença uma vez e nunca mais, se o sistema de defesa for competente (por isso que em países pobres costuma se ter uma maior incidência). Esse número, porém, sobe para 40%, quando falamos em recidivas, ou seja, em pessoas com mais de um episódio de herpes genital. É na faixa entre 20 e 30 anos que ocorre o maior número de manifestações clínicas do vírus do herpes genital. Isso se deve ao fato de essa faixa etária ter uma vida sexual mais ativa.

HPV

O risco em vida de acordo com os Centros de Controle de Doenças dos Estados Unidos para homens e mulheres sexualmente ativos é de pelo menos 50%. O risco mais alto de infecção pelo HPV ocorre em adolescentes, mas o risco de infecção permanece ao longo da vida. A infecção pelo HPV é bastante comum e geralmente de pouca significância clínica (80% a 90% resolução espontânea no primeiro ano).
A maioria dos casos de morbidade esta associada à displasia cervical ou às verrugas genitais. Os mecanismos de transformação do HPV foram elucidados e ficou demonstrado seu desempenho como “vírus tumoral”, que carrega genes, interfere no controle do ciclo celular, levando a um crescimento descontrolado de células. Incidência Mundial Estimada do HPV - Doenças e Diagnósticos  Relacionados:  Câncer cervical : 0.493 milhões em 2002; Lesões pré-cancerosas de alto risco: 10 milhões; Verrugas genitais 30 milhões.  Infecção pelo HPV sem anormalidades detectáveis: 300 milhões.

REFERÊNCIAS

1. Parkin DM, Bray F, Ferlay J, Pisani P. CA Cancer J Clin. 2005;55:74–108.
2. Organização Mundial de Saúde. Genebra, Suíça: Organização Mundialo de Saúde; 1999:1–22.
3. Organização Mundial de Saúde. Departamento de Informações da OMS. Destaque da OMS. 1990;152:1–6.