FACULDADE DE IMPERATRIZ-FACIMP - CURSO DE FARMÁCIA 4º PERIODO
DISCIPLINA: MICROBIOLOGIA
ACADÊMICOS: ANA LIVIA, IALAINE DE MORAIS,
SUELEN MAIOR, SUZANE RAMOS.
QUESTIONÁRIO
DA PRÁTICA COLORAÇÃO DE GRAM
1) A coloração de Gram possibilita caracterizar
as bactérias quanto ao comportamento tintorial (Gram-positiva e Gram-negativa),
morfologia (cocos, bacilos, espirilos) e arranjo (em cacho, em cadeias, aos
pares). Qual o significado destas informações para a medicina? É importante porque
auxilia no diagnóstico e tratamento das doenças infecciosas.
2) A coloração de Gram exerce alguma importância
em diagnósticos clínicos de bactérias isoladas de infecções humanas e animais?
Citar pelo menos um exemplo.
SIM, Algumas bactérias, tais como a
NEISSERIA, apresenta características peculiares. Assim o achado de diplococcus
Gram-negativos, intra e extracelulares em secreções pode sugerir uma GONORRÉIA,
no caso da secreção uretral, ou uma MENINGITIDE, no caso do material for um
LIQUOR.
3 Empiricamente, Gram estabeleceu uma sequência
para a aplicação dos corantes que integram a metodologia. Comentar os
resultados possíveis de serem obtidos com as inversões da sequência referida no
método. Resp = Os microrganismos respondem diferentemente ao método. Há os
que retém o pigmento característico do corante (cristal violeta) em vista da
formação de um complexo com a solução iodo-iodeto (lugol), apesar da lavagem
com álcool ou acetona, motivando uma desidratação da parede celular, diminuição
da porosidade e da permeabilidade. São os Gram-positivos. E há os que permitem
a remoção do pigmento do corante pela lavagem com álcool ou acetona, em
decorrência da extração de lipídios da parede, o que leva a um aumento da
porosidade celular. São os Gram-negativos. Tratando, os dois grupos, com
contra-corante (safranina ou fucsina básica) observa-se que as células do
primeiro (Gram-positivos) não são afetadas e permanecem azuis ou violeta;
enquanto que para o outro (Gram-negativos) as células absorvem o
contra-corante, tornando-as vermelhas.
4) Sabe-se que se a parede celular é o sítio preferido pela
fixação da reação de Gram. Fazer um esquema mostrando esta associação, para o
caso típico de uma bactéria Gram-positiva. RESP
= A parede celular bacteriana apresenta
particularidades na sua composição química. Este dado é absolutamente
coincidente com a resposta à reação de Gram. A presença de maior teor de
peptideoglicano nos Gram-positivos, tem sido apontado como fator determinante
da retenção do complexo ao nível de parede. Tanto assim que os protoplastos,
produzidos por ação de lisozima ou por efeito de penicilina sobre os
Gram-positivos, não são capazes de reter o pigmento, após lavagem com álcool ou
acetona. Portanto, a reação de Gram resulta essencialmente das interações do
complexo, cristal violeta ou violeta de genciana e iodo, com o peptídeoglicano
da parede celular, numa combinação ainda não de todo esclarecida, na qual a
presença de ribonucleato de magnésio é mediadora da fixação do corante.
5) Sendo o Gram um método de coloração diferencial, como esta
reação pode ser empregada para a verificação do estado de pureza de uma
determinada cultura?
Resp = A
realização periódica do exame de uma cultura pura demonstra que todas as colônias
apresentam a mesma característica morfotintorial.
6) Comente o efeito da penicilina sobre a parede
celular bacteriana, correlacionando-o com a reação tintorial de Gram. RESP = A penicilina agem sobre a parede celular,
causando ruptura e conseqüentemente altera todas as características
morfotintorial observada na coloração de Gram.
7) Comente a frase: “Uma bactéria Gram-negativa
pode tornar-se Gram-positiva, dependendo do tempo de incubação da cultura, mas
o inverso não é verdadeiro”.
RESP = A característica tintorial de Gram-negativa é
devido a presença da membrana externa, que pode ser perdida em certas condições
de cultivo desfavorável, fazendo com que a bactéria apresente característica de
Gram-positiva (roxa), mas o contrário não é possível porque uma bactéria Gram-positiva
jamais adquire a membrana externa, ou seja, uma vez, Gram-positiva, sempre
Gram-positiva
8) Os procedimentos realizados estão de acordo
com o protocolo. Comente as alterações ou adaptações realizadas. RESP = Sim,
estavam todos de acordo com o protocolo
9) Relacione os matérias listados neste protocolo que não foram
utilizados e quais outros materiais utilizados. Será que houve alguma falha no
procedimento pela falta ou substituição do material? RESP = Os
matérias estavam de acordo com o protocolo. Os matérias utilizados foram bico
de busen, alça de platina, lamina, violeta, lugol, água, álcool acetona, água e
fucsina.
10) Quais as dificuldades encontradas na realização dessa prática?
RESP = Não houve
dificuldade nessa pratica, pois conseguimos vizualizar os estafilococos
11) Os procedimentos de biossegurança foram seguidos com rigor?
Quais os possíveis riscos de acidente de trabalho que os alunos e o professor
sofreram? Comente sobre as normas de biossegurança. RESP = Os procedimentos de biossegurança
foram todos seguidos; os acadêmicos estavam com os EPI´S adequados. Os
possíveis riscos que poderíamos sofrer é a contaminação com os materiais ou um
corte caso a lamina quebrasse
12) Elabore
10 questões a respeito da prática ao seu professor, para melhor esclarecimento
das suas dúvidas.
- Quais os métodos de observação microscópica de bactérias?
- Quais as Doenças Infecciosas e seu agente infeccioso que são diagnosticados seguramente pela uma coloração simples?
- Quais as limitações do exame de colocaração de gram?
- Quais cuidados a serem tomados para execução satisfatória da tecnica?
- Qual a aplicação da coloração no Diagnóstico Laboratorial de doenças infecciosas?
- Qual a base da coloração de Gram
- Se caso ao fazermos a coloração de Gram de um esfregaço, esquecemos de descorar com álcool-acetona, ao examinar uma cultura de bacilos e cocos, o que poderíamos observar?
Alunas: Ana Lívia, Ialaine de Morais, Suelen Alves E Suzane Ramos
Microbiota do corpo humano
Objetivo: Observar a presença de bactérias em diversas
partes do corpo humano
Princípio: Cultivo dos microrganismos isolados das diversas
partes do corpo humano, através da semeadura em meios de cultura enriquecido e
seletivo para bactérias Gram-positivas (ágar sangue), Gram-negativas ( ágar Mac
Conkey) e para fungos ( ágar sabourand)
Material: Placas com os meios de cultura: ágar sangue,
ágar Mac Conkey e ágar sabourand; tubos com 2ml de soro fisiológico; swab
estéril
Métodos:
1.
Escolha uma parte do corpo humano (
mãos, axilas, pés, tórax, boca, etc., ) e colete amostra passando um swab estéril
umedecido com soro fisiológico
2.
Semeie a amostra nos meios ágar
sangue, agarmacConkey e ágar Sabourand
3.
Incubar a 37 ºC por 24 a 48
horas e observar as características fenotípicas das colônias. Se possível,
contar o número de colônias
Resultados:
Características fenotípicas das
colônias: Staphylococcus aureus, também conhecido como estafilococo-dourado, é uma espécie de estafilococo coagulase-positivos. Juntamente
com a Escherichia coli,
é uma das mais antigas bactérias simbiontes do homem.
Porém, em grandes quantidades, pode ser uma virulenta espécie do seu género,
devido à presença de toxinas
Tamanho: Têm forma esférica (são cocos), cerca de
0,5
a 1,0 µm de diâmetro, e formam grupos com aspecto
de cachos de uvas com cor amarelada
Bordas: .....................
Elevação:
................... Cor:
amarela
Hemólise:
................... Fermentação
da lactose: ............................
QUESTÕES
1.
De que forma
a flora normal dificulta o desenvolvimento de possíveis patógenos.
R: Através da biológica, onde
algumas espécies bacterianas além de consumir mais rapidamente os competição
nutrientes, produzem metabólitos que inibem o crescimento de outras espécies
bacterianas
2.
Em que período do desenvolvimento humano se inicia
o desenvolvimento da microbiota normal?
A formação da microbiota normal, com a qual o homem
convive por toda a vida, tem inicio no momento do nascimento, pois, ao passar
pelo canal do parto, ele recebe os primeiros componentes de sua microbiota
3.
As bactérias infectantes causam doenças, quando
invadem os tecidos mais profundos. Para permanecer em estado de saúde,
portanto, o hospedeiro precisa defender-se constantemente contra a invasão
bacteriana. Descreva os principais mecanismos de defesa antibacteriana do
hospedeiro
Anticorpos: são proteínas produzidas por células brancas especializadas
chamadas de linfócitos. Os anticorpos têm uma forte afinidade química por tipos
específicos de matérias biológicas estranhas. Antígenos são componentes de
materiais estranhos (por exemplo, micróbios) que interagem com anticorpos.
Complemento: Além dos anticorpos, outro grupo de proteínas circulantes no
sangue e fluidos corporais constituem o sistema complemento. Essas proteínas
possuem habilidade para destruir certos patógenos através da interação com
eles. Tal interação pode ser promovida por anticorpos ou talvez aconteça na
ausência de anticorpos. Logo, soro sanguíneo de indivíduos saudáveis com falta
de anticorpos destruirá muitas espécies de bactéria e este meio de proteção
adicional, parcialmente, explica porque muitas espécies de bactéria são incapazes de causar doença em humanos.
Linfócitos: Existem dois grupos principais de linfócitos, B e T. Linfócitos B
têm a habilidade de produzir anticorpos específicos diretamente contra
antígenos estranhos aos quais eles estão estranhos. Essa é a base para a
prevenção de doença pela imunização. Por exemplo, pacientes podem ser
infectados com uma estirpe atenuada, ou mais fraca, de poliovirus.
Inflamação é um fenômeno pelo qual o organismo responde à uma irritação ou a
uma infecção. Pequenos vasos sanguíneos dilatam e fluido escapa, produzindo
inchaço, vermelhidão e calor. Células brancas fagocíticas entram no local,
aderem à parede dos vasos sanguíneos e migram para o tecido par atacar
microrganismos invasores. Febre, ou elevação da temperatura normal do corpo
(36,6 +/- ºC / 98,6 ºF) é uma resposta comum á várias infecções. A febre
aparece para ajudar o organismo na luta contra a infecção aumentando a resposta
imune. A febre result da produção de pirógenos endógenos produzidos por células
fagocíticas e esses produtos agem no hipotálamo, que controla a temperatura
corporal.
Células fagocíticas (fagócitos): Três grandes tipos de fagócitos estão
envolvidos na proteção em seres humanos contra a infecção. Os neutrófilos,
polimorfonucleares, são fagócitos que engolfam e destróem patógenos. A ingestão
é mais eficiente quando os patógenos foram cobertos com anticorpos ou
complemento ou ambos. Neutrófilos, as células que constituem o pus, migram
rapidamente para o local do trauma ou infecção para destruir os micróbios. Os
macrófagos são grandes, menos móveis que os neutrófilos que possuem a especial
capacidade de matar organismos que podem sobreviver à ingestão por
polimorfonucleares. Logo, tais ogranismos como Mycobacterium tuberculosis ( o
agente que causa tuberculose) não são destruídos por neutrófilos, mas eles são
destruídos por macrófagos cuja atividade é aumentada por substâncias produzidas
por linfócitos T. Macrófagos são achados no fígado, baço, pulmão e medula
óssea. Os eosinófilos são células quem têm potencial especial para matar
micróbios multicelulares como os helmintos. Pacientes com infecções como
trichinosis causada por helminto frequentemente terá uma contagem de
eosinófilos muito alta no sangue. Células fagocíticas matam organismos
engolfando para um vacúolo chamado de fagossoma. Essa vesícula começa a ficar
cheia de metabólitos ativos de oxigênio, incluido peróxido de hidrogênio e
superóxido e várias outras enzimas encontradas em fagócitos. A maioria dos
micróbios são rapidamente mortos por essas células.
4.
Cite os possíveis mecanismos, que os
microrganismos da microbiota normal do homem, utilizam para impedir à
proliferação de agentes patogênicos.
Impedir a
colonização por patógenos do meio externo e o possível desenvolvimento de
doença por meio de interferência bacteriana, Estimulação do sistema imune;
Papel no metabolismo e na nutrição humana. Ajudar na absorção de nutrientes.
5.
Descreva o procedimento que utilizou para isolar as
bactérias do meio ambiente.
1- Colocamos as pontas dos dedos da mãos no meio de
cultura agar- Miller
2- 2- esperamos 72 horas para que houvesse o
crescimento bacteriano.
3- Fizemos a identificação das bactérias e registramos
o encontrado.
4- Logo em seguida fizemos o isolamento da bactéria.
6.
Quais são os fatores que contribuem para a
proliferação e disseminação de bactérias no meio ambiente?
Temperatura: nas épocas frias do ano, a
incidência de enfermidades do sistema respiratório dos animais é maior; pois a
instalação, e propagação das doenças são facilitadas pela baixa temperatura, e
pela aglomeração dos animais. Por outro lado, no verão, com temperatura mais
alta, observa-se uma ocorrência maior de afecções gastroentéricas, normalmente
traduzidas por diarréias.
b) Calor e umidade: favorecem
a manutenção e propagação de doenças, cujos agentes etiológicos necessitem de
tais condições para sua proliferação e sobrevivência. A incidência de helmintos
é maior nos animais criados em terrenos alagadiços, com umidade excessiva. A
ocorrência de doenças veiculadas por vetores, como a anaplasmose e babesiose,
transmitidas pelos carrapatos é maior nas épocas quentes do ano, como na
primavera e verão, em função das condições favoráveis ao desenvolvimento dos
carrapatos.
c) Topografia: a
topografia do solo poderá predispor ao acúmulo de água estagnada tornando-o
úmido, mantendo o local adequado, para o desenvolvimento de ovos e larvas de
helmintos, ou de outros agentes causadores de doenças.
d) Composição do solo: os
solos deficientes em elementos minerais podem influenciar a qualidade das
gramíneas ou leguminosas cultivadas nestes locais, tornando-as deficientes em
seus elementos minerais, podendo causar nos animais as chamadas doenças
carenciais e metabólicas, como: o raquitismo, osteomalácia, marasmo enzoótico,
entre outras. Com relação aos fatores biológicos destacam-se:
d) Animais susceptíveis: existindo
um maior número de hospedeiros susceptíveis no local, serão maiores as chances
de propagação de doenças.
e) Hospedeiros intermediários:
da mesma forma que para os animais susceptíveis, quanto maior o número de
hospedeiros intermediários numa região, maior a possibilidade de disseminação
de doenças. É o caso da cisticercose nos suínos, e da hidatidose nos ovinos.
7.
De que forma pode-se manter sob o controle a
população microbiana em um ambiente?
Esterilização:
–Destruição de todas as formas de
vida microbiana, incluindo os esporos.
–Vapor
sob pressão (autoclave), gás esterilizante (óxido de etileno)
•Esterilização
comercial:
–Tratamento
com calor suficiente para eliminar os esporos de Clostridium botulinumnos
alimentos enlatados.
Desinfecção:
–Destruição dos patógenos vegetativos,
usado em matéria inanimada.
–Pode utilizar métodos físicos
(UV, água fervente ou vapor) ou químicos (desinfetantes).
–Não
inativa formas esporuladas.
Antissepsia:
–Destruição dos patógenos
vegetativos em tecidos vivos pela inibição do seu crescimento ou atividade.
–Antimicrobianos
químicos (antissépticos).
Degermação:
–Remoção
mecânica dos microrganismos de uma área limitada como o local em torno de uma
injeção na pele (ex.: algodão embebido em álcool, solução de
povidine-degermante).
Sanitização:
–Redução
de microrganismos de utensílios alimentares, equipamentos industriais e
ambientes hospitalares até níveis seguros de saúde pública (lavagem com alta
temperatura).
8.
Qual a importância do isolamento de germes em um
ambiente hospitalar?
Para
evitar que ocorra infecções hospitalares no local de instalação: infecção
urinarias, infecções cirúrgicas, infecções respiratórias, Sepses. De acordo com o agente causador: Cruzada: provocada pôr uma cepa
que penetra no organismo enfermo com um sistema defensivo gravemente afetado,
procedente de um portador ou dos fômites de outros doentes. Superinfecções
hospitalar: é um quadro clinico, causado pôr uma nova bactéria que atua como
agente continuador do processo infeccioso no qual o doente é portador. Infecções
oportunistas: provocada pôr germes não patogênicos de um organismo
comprometido.
FACULDADE DE IMPERATRIZ –
FACMP
CURSO DE ENFERMAGEM – 5º
PERÍODO
CÉLIO SAMPAIO, ELIZABETE
GOMES ROCHA, EMANUELA SILVA FONTES, GISLANDIA OLIVEIRA FERREIRA, JANE COSTA, JOATAN
DA SILVA E SILVA, MATTHEUS KLINSMAN LIMA COELHO e SILAS EDUARDO SANTOS SOUSA
DADOS EPIDEMIOLÓGICOS DAS DST
Trabalho apresentado à disciplina de Microbiologia, como
requisito para a aquisição de nota parcial, válida pelo Curso de Enfermagem da
Faculdade de Imperatriz – FACIMP.
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SIFILIS
No Brasil,
estima-se que ocorrem 900 mil casos de sífilis por ano. A prevalência na
gestante é de 2,6%, o que corresponde a quase 50 mil gestantes com sífilis e 12
mil casos são de sífilis congênita por ano. A Bahia acumulou, no período de
janeiro de 2000 a setembro de 2012, 3.227 casos de sífilis em gestantes. No
mesmo período, foram registrados 1.851 casos de sífilis congênita no Estado.
Em
Salvador, durante a semana de incentivo à coleta, realizada em 2010, entre 18 e
22 de outubro, foram processadas 1.005 amostras coletadas de usuários de 12
distritos sanitários, sendo 49 delas positivas para sífilis, o que corresponde
a 4,9% de positivos, quase o dobro do esperado para o Brasil, que é 2,6%. A
taxa de prevalência de sífilis na população de 17 a 21 anos do sexo masculino, em 2002, era de
0,874%.
GONORREIA
Reportando recentemente em países em
desenvolvimento, um em cada 7 homens com gonorreia (citado no Manual de
planejamento e Coordenação de Programas-AIDSCAP THJ-1996). Dentre mulheres com
infecções não tratadas por gonorreia 10 a 40% desenvolvem doença inflamatória
pélvica (DIP). Destas, mais de 25% se tornarão inférteis. Para efeito de
comparação, observa-se que a taxa de infertilidade por causas não infecciosas é
estimada em 3 a 7%.
Dados de países desenvolvidos indicam
que mulheres que tiveram DIP têm probabilidade 6 a 10 vezes maior de
desenvolver gravidez ectópica. Lembrar que nos países em desenvolvimento, a gravidez ectópica
contribui com mais de 15% das mortes maternas (Global Strategy for STI
Prevention and Control Meeting. WHO, Geneva, nov. 2004).
HERPES
Todos correm os riscos de contrair o
vírus do herpes. Uma pesquisa nacional realizada no período de 1988 a 1994
descobriu que apenas 27% dos americanos com pelo menos 12 anos de idade não
tinham nenhuma evidência de já terem sido infectados com alguma forma do vírus
do herpes. No ano de 1994,um estudo realizado no HUCFF/UFRJ, demonstrou que uma
população de doadores de sangue voluntários, de comportamento sexual
não-promíscuo, apresentou soro prevalência para o HSV-2 de 29,1%.
O mesmo estudo avaliou uma população de
105 pacientes, com comportamento sexual promíscuo, incluindo prostitutas,
homossexuais e bissexuais com história de multiplicidade de parceiros sexuais,
observando soro prevalência de 72%. O teste mostrou-se significativo no nível
de 5% de probabilidade quanto à maior prevalência do HSV-2 no segundo grupo.
Mais da metade das pessoas na primeira pesquisa havia sido infectado apenas com
HSV-1, 5% com o HSV-2, e quase 17% com ambos. A infecção é permanente.
Assim, a pessoa uma vez infectada irá
permanecer infectada. No herpes oral, a maior incidência do primeiro contato
ocorre entre 3 meses e 3 anos de idade. Na adolescência a incidência é de 62%
do HSV-1 e, em algumas regiões, 90% das pessoas estão contaminadas com um dos
dois tipos do herpes- vírus, embora só um em cada dez infectados manifeste a
doença (nos outros, o vírus fica inativo).
A incidência varia de acordo com a
região, o país, a higiene e as condições socioeconômicas. Existem estatísticas
tanto nacionais quanto internacionais mostrando que a partir dos 40 anos, mais
de 75% da população mundial ,em média têm anticorpos contra o herpes, ou seja,
já entrou em contato com o vírus. Entretanto, na África, trabalhos indicam que
a soro prevalência para o vírus do herpes é positiva em 95% da população. No
Brasil, 65% dos adultos acima de 40 anos têm herpes labial. O aumento na
incidência da infecção herpética genital pelo HSV-1 não acontece só no Brasil,
mas em cenário mundial. O cientista Mello estudou 57 pacientes portadores de
herpes simples genital em populações amazônicas, isolando o HSV-1 em 28,5% das
ulcerações genitais. Essa incidência pode chegar a 50% em certas regiões da
Inglaterra. No caso do Herpes labial sob sua forma sintomática (visível) ele se
desenvolve anualmente apenas em 50 % dos portadores, com em geral uma a duas
manifestações ao ano. Infelizmente, 5 a 10% dos portadores conhecem mais de
seis manifestações ao ano.
Como podemos observar através destes
dados, a herpes labial é de fato uma das doenças infecciosas mais frequentes no
mundo. Em torno de 10% das pessoas que entraram em contato com o vírus do
herpes tiveram apenas a primeira-infecção herpética, ou seja, tiveram a
infecção apenas uma vez. Portanto, existe a possibilidade de ter a doença uma
vez e nunca mais, se o sistema de defesa for competente (por isso que em países
pobres costuma se ter uma maior incidência). Esse número, porém, sobe para 40%,
quando falamos em recidivas, ou seja, em pessoas com mais de um episódio de
herpes genital. É na faixa entre 20 e 30 anos que ocorre o maior número de
manifestações clínicas do vírus do herpes genital. Isso se deve ao fato de essa
faixa etária ter uma vida sexual mais ativa.
HPV
O risco em
vida de acordo com os Centros de Controle de Doenças dos Estados Unidos para
homens e mulheres sexualmente ativos é de pelo menos 50%. O risco mais alto de
infecção pelo HPV ocorre em adolescentes, mas o risco de infecção permanece ao
longo da vida. A infecção pelo HPV é bastante comum e geralmente de pouca significância
clínica (80% a 90% resolução espontânea no primeiro ano).
A maioria dos
casos de morbidade esta associada à displasia cervical ou às verrugas genitais. Os mecanismos de transformação do HPV foram
elucidados e ficou demonstrado seu desempenho como “vírus tumoral”, que carrega
genes, interfere no controle do ciclo celular, levando a um crescimento
descontrolado de células. Incidência Mundial Estimada do HPV - Doenças e
Diagnósticos Relacionados: Câncer cervical : 0.493 milhões em 2002; Lesões pré-cancerosas
de alto risco: 10 milhões; Verrugas genitais 30 milhões. Infecção pelo HPV sem anormalidades detectáveis:
300 milhões.
REFERÊNCIAS
1. Parkin DM, Bray F, Ferlay J, Pisani P. CA Cancer
J Clin. 2005;55:74–108.
2. Organização Mundial de Saúde. Genebra, Suíça:
Organização Mundialo de Saúde; 1999:1–22.
3. Organização Mundial de Saúde. Departamento de
Informações da OMS. Destaque da OMS. 1990;152:1–6.