FACULDADE DE
IMPERATRIZ – FACIMP
CURSO DE
FARMÁCIA
ALICIA SILVA ALMEIDA
AMANDA DE SOUSA MATOS
ANA PATRICIA GONÇALVES SILVA
ANTONIA EURICE LIMA DE CARVALHO
ATHINA THAIS LIMA DA SILVA
GILVAMAR RODRIGUES SANTIAGO JÚNIOR
GIULIA
PAULA REIS
GUSTAVO CESAR DE LIMA SANTOS
KELLY
CRISTINA MENEZES LIMA SARAIVA
MAYSA
RIBEIRO FARIAS
MARISA
DE SOUSA PEREIRA
VALÉRIA
MORAIS GOMES
RELATÓRIOS
DE MICROBIOLOGIA BÁSICA
Relatórios
de Prática da disciplina de Microbiologia Básica do curso de Farmácia
apresentado à Faculdade de Imperatriz – FACIMP, sob a orientação do Professor Dr.
Luis Carlos Figueira de Carvalho.
SUMÁRIO
1 COLORAÇÃO DE GRAM...........................................................................................03
2 OBSERVAÇÃO
DE MICRORGANISMOS...............................................................07
3 PREPARO DE MEIOS DE CULTURA.......................................................................09
4 USO DA AUTOCLAVE...............................................................................................11
5 AÇÃO DA RADIAÇÃO U.V. SOBRE O CRESCIMENTO
BACTERIANO..........14
6 AÇÃO DE ANTISSÉPTICOS......................................................................................15
7 ANTIBIOGRAMA........................................................................................................17
1 COLORAÇÃO
DE GRAM
As bactérias Gram-positivas retêm o
cristal-violeta e se apresentam com coloração violeta, enquanto as
Gram-negativas são descoradas pelo álcool-acetona, sendo, portanto, coradas
pela safranina e se apresentam róseas.
Comentários:
Em 1884, o médico Dinamarquês
Cristian Gram descobriu, empiricamente, ao corar cortes histológicos com
violeta genciana, através do método de Ehrlich (1882), que as bactérias que
eles continham não eram descoradas pelo álcool, se previamente tratadas com
solução de iodo. Ele adicionou a este procedimento um contra-corante
(safranina, fucsina básica, etc.,) e estabeleceu, a partir dai, uma metodologia
de coloração diferencial.
Ao longo destes anos, o mecanismo
de coloração de Gram foi sobejamente estudado. E nesta medida, muitas
modificações foram propostas, sem contudo afetar substancialmente a idéia
original.
Os microrganismos respondem
diferentemente ao método. Há os que retêm o pigmento característico do corante
(cristal violeta) em vista da formação de um complexo com a solução iodo-iodeto
(lugol), apesar da lavagem com álcool ou acetona, motivando uma desidratação da
parede celular, diminuição da porosidade e da permeabilidade. São os
Gram-positivos. E há os que permitem a remoção do pigmento do corante pela
lavagem com álcool ou acetona, em decorrência da extração de lipídios da
parede, o que leva a um aumento da porosidade celular. São os Gram-negativos.
Tratando, os dois grupos, com contra-corante (safranina ou fucsina básica)
observa-se que as células do primeiro (Gram-positivos) não são afetadas e
permanecem azuis ou violeta; enquanto que para o outro (Gram-negativos) as
células absorvem o contra-corante, tornando-as vermelhas.
A parede celular bacteriana
apresenta particularidades na sua composição química. Este dado é absolutamente
coincidente com a resposta à reação de Gram. A presença de maior teor de
peptideoglicano nos Gram-positivos, tem sido apontada como fator determinante
da retenção do complexo ao nível de parede. Tanto assim que os protoplastos,
produzidos por ação de lisozima ou por efeito de penicilina sobre os
Gram-positivos, não são capazes de reter o pigmento, após lavagem com álcool ou
acetona. Portanto, a reação de Gram resulta essencialmente das interações do
complexo, cristal violeta ou violeta de genciana e iodo, com o peptideoglicano
da parede celular, numa combinação ainda não de todo esclarecida, na qual a
presença de ribonucleato de magnésio é mediadora da fixação do corante.
A reação de Gram tem largo
relacionamento com o estado fisiológico da célula. As culturas jovens respondem
melhor à diferenciação tintorial. As culturas velhas de Gram-positivas podem se
apresentar como Gram-variável, pela perda da capacidade de retenção do corante.
A coloração é hoje empregada com
elevado significação taxonômica. Assim, são Gram-positivos quase todos os
bacilos esporulados, móveis por flagelos peritríquios e a quase totalidade dos
cocos. São Gram-negativos a quase totalidade dos bacilos não esporulados,
móveis por flagelos peritríquios ou polares, e todas as espiroquetas,
apenas para citar alguns exemplos.
Objetivo: Observar formas, disposição e
comportamento tintorial das bactérias. Distinguir bactérias Gram-positivas das
Gram-negativas.
Princípio: O método de Gram permite
classificar as bactérias em dois grandes grupos: as que retêm Violeta de
genciana ( Gram-positiva ) e as que não retém o violeta genciana
(Gram-negativa). Além do mais, é útil para determinar a forma ( cocos e bacilos
), e o arranjo das células após a divisão celular (em forma de cacho, cadeias,
sarcina etc., ). As células bacterianas são caracterizadas
morfologicamente:
- Comportamento tintorial: Gram-positiva ou
Gram-negativa
- Forma: cocos (esféricos), bacilos
(cilíndricos) e espirilos (espiralados)
- Arranjo: Disposição das células entre si. Os
cocos podem estar isolados, aos pares (diplococos), agrupados em cachos
(estafilococos), em cadeia (estreptococos). Os bacilos e espirilos se
apresentam em geral como células isoladas porém,
ocasionalmente, pode-se observar
bacilos aos pares (diplobacilos) ou em cadeia (
estreptobacilos ).
Quanto ao tamanho, as células
bacterianas são sempre de dimensões microscópicas, o diâmetro da maioria delas
varia de 0,2 a 1,5 mm e comprimento de 1 a 6 mm.
Material: Reagentes de Gram: sol.
cristal-violeta 2%; sol. aquosa de iodo (Lugol); mistura álcool-acetona; sol.
alcoólica de safranina[1], Lâminas: Suporte para
lâminas; alça de platina; Bico de Bunsen; Microscópio; Óleo de Imersão.
Métodos:
- Preparar o esfregaço e FIXAR ao
calor
- Cobrir a área do esfregaço com a solução
de cristal-violeta por cerca de 1min.;
- Lavar com água corrente e escorrer o excesso
de água;
- Cobrir a área do esfregaço com a solução de
iodo durante cerca de 1 minuto;
- Descorar a lâmina com a mistura
álcool-acetona, até que o solvente escorra incolor;
- Cobrir o esfregaço com a solução de safranina1 por
cerca de 30 segundos;
- Lavar com água corrente;
- Deixar secar ao ar.
Os resultados após a coloração de
Gram permitem classificar as bactérias em dois grupos:
Quando as estruturas celulares
são cobertas pelo corante violeta-de-metila, todas se coram em roxo. Com a
adição do mordente (Soluto de Lugol), ocorre à formação do complexo
iodo-pararosanilina, que tem como proprieda de FIXAR o
corante primário nas estruturas coradas.
Algumas estruturas perdem a cor
violeta rapidamente, quando ocorre a lavagem, com ácool etílico, enquanto
outras perdem sua coloração mais devagar ou a perdem completamente. O corante
safranina colore novamente as estruturas que foram descoradas.
As bactérias Gram-positivas, que
têm a parede celular composta por mureína (peptídeoglicano – peptídeo de ácido
n-acetil murâmico), durante o processo de descoloração com álcool etílico,
retém o corante, permanecendo com a coloração conferida pelo corante primário (roxo).
Já as bactérias Gram-negativas com parede celular composta
predominantemente por ácidos graxos (lipopolissacarídeos e lipoproteínas), perdem
o complexo iodo-pararosanilina, são incapazes de reter o violeta de Genciana,
assumindo a cor do corante de fundo (vermelha).
São as diferenças da estrutura da
parede bacteriana, principalmente com relação à espessura da camada de
peptidoglicano, que é responsável pelo diferente comportamento das bactérias
diante da coloração de Gram.
REAGENTES PARA COLORAÇÃO DE GRAM
Cristal
Violeta
Solução
A
Cristal-violeta..
2g
Álcool
etílico ..
20ml
Solução
B
Oxalato
de amônio - 0,8g
Água
destilada ....... 80 ml
MISTURA
A + B
|
Contracorante
Solução
estoque:
Safranina 2,5
g / 100ml
Solução
uso: Diluir
sol. estoque 1/10
|
Lugol
Iodo
...........................1g
Iodeto
de potássio -2g
água
destilada - 300ml
|
Resultados:
1º Lâmina
analisada
Secreção Auricular
- Característica
tintorial: Gram - positiva
- Forma: Cocos
-
Arranjo: Cocos isolados
2º Lâmina
analisada
Secreção Vaginal
-
Característica tintorial: Gram - positiva
- Forma: Cocos
-
Arranjo: Cocos isolados
3º Lâmina
analisada
Secreção Nasal
-
Característica tintorial: Gram - negativo
- Forma: Cocos e
Bacilos
-
Arranjo: Cocos e Bacilos isolados
Conclusão:
A partir dessa prática foi
observada a morfologia bacteriana por meio do microscópico óptico. Além disso,
utilizou-se o método tintorial que é predominantemente
utilizado em bacteriologia, é o método de Gram. A bacterioscopia, após
coloração pelo método de Gram com diagnóstico presuntivo, de triagem, ou até
mesmo confirmatório em alguns casos, constituindo-se uma peça importante e
fundamental. Essa técnica é simples, rápida e tem capacidade de resolução,
permitindo o correto diagnóstico em cerca de 80% dos pacientes em caráter de
pronto atendimento em nível local.
2 OBSERVAÇÃO DE MICRORGANISMOS
Existem dois métodos gerais
utilizados para preparar espécimes microbiológicos para observação de
microrganismos por meio do microscópico luminoso:
Técnica entre lâmina e lamínula e
gota pendente - utiliza uma suspensão de microrganismos vivos em
uma gota ou uma camada líquida. Estas preparações (a fresco) são especialmente
úteis quando a estrutura de um microrganismo pode ser distorcida pelo calor ou
agentes químicos, ou quando o microrganismo não se cora facilmente.
Técnicas de Coloração - a
camada fina do espécime é seca e corada, assim os microrganismos ficam fixados
à superfície e apresentam-se corados para facilitar a visualização. Usadas para
mostrar as várias estruturas dos microrganismos, para identificar e separar
suas estruturas internas e para ajudar a identificar e separar microrganismos
similares.
As principais etapas do preparo de um espécime
microbiano corado para exame microscópico são: 1 - Confeccionar um esfregaço,
ou uma camada fina do espécime sobre uma lâmina de vidro; 2 - Fixar o esfregaço
seco à lâmina, usualmente com o calor, para fazer aderir o microrganismo à
lâmina; 3 - Coloração com um ou mais corantes.
·
Coloração Simples - a
coloração de microrganismo com uma única solução de corante; ex: azul de
metileno para leveduras, ou bolores.
·
Coloração de Gram - neste
processo, o esfregaço bacteriano é tratado com os reagentes na seguinte ordem:
o corante púrpura cristal violeta, a solução de iodo (substância que fixa o
corante no interior da célula), o álcool (remove o corante de certas bactérias)
e o corante vermelho safranina.
Bactérias Gram-positivas, retém o corante cristal violeta e aparecem coradas
em violeta-escuro; Bactérias Gram-negativas, perdem
o cristal violeta quando tratadas com álcool, são então coradas com o corante
safranina e aparecem coradas em vermelho.
·
Coloração diferencial - envolve
mais de uma solução de corante; ex: coloração de álcool-ácido para bactéria
causadora da tuberculose; distingue esta bactéria patogênica, por meio da cor
(vermelho, pelo corante principal), de outras bactérias (azul, pelo corante do
fundo) encontradas em amostras como saliva e escarro.
OUTROS
MÉTODOS DE COLORAÇÃO:
- VERMELHO CONGO Þ
Espiroquetas (Leptospira)
- ALBERT-LAYBOURT Þ
Grânulos metacromáticos (C. diphtheriae )
- HISS Þ Cápsulas ( Klebsiella sp. )
- WIRTZZ Þ Esporos ( Bacillus sp. )
- SABATUCCI Þ Esporos (
Bacillus sp. )
Procedimento:
·
Para preparar o H sangue
coletar 500 ml de sangue na placa e derramar o meio de Agar nutriente fundindo,
resfriando, homogeneizando e aguardar a modificação.
·
Efeitos da U.V sobre
crescimento o bacteriano.
·
Numerar 3 placas de Agar
nutriente (5,10,15) e semear uma suspensão de bactérias em todas as placas.
·
Colocar as placas entre abertas na câmara asséptica
e ligar a luz ultravioleta.
·
Na primeira placa retire com 5 minutos.
·
Na segunda prática retirar com 10 minutos.
·
Na terceira placa retirar com 15 minutos.
·
Incubar todas as placas e levar a estufa a 37º C
por 24 a 48 horas.
Resultado
Não foi possível obter
resultados, pois as placas foram queimadas por desregulamento da estufa no
momento que estava sendo utilizada. Obs.: duas vezes.
3 PREPARO DE MEIOS DE CULTURA
Desde o inicio, os microbiologistas
aprenderam que podiam cultivar uma grande variedade de bactérias em “caldos”,
obtidos pela cocção de tecidos animais ou vegetais. Em 1923, Mueller, tentando
definir esta vaga necessidade, em termos de compostos específicos, descobriu o
então desconhecido aminoácido, metionina. A nutrição bacteriana tornou-se campo
dinâmico durante os anos subsequentes; porém com o reconhecimento da unidade
bioquímica, os vários esquemas nutritivos revelaram ser simplesmente pequenas
variações de um tema central e o estudo da nutrição bacteriana perdeu muito de
seu interesse teórico. Apesar disso, este campo detém sua importância prática e
ainda apresenta desafios; por exemplos, o bacilo da lepra, o treponema da
sífilis e riquétsias não podem ser cultivados em meios artificiais.
Inicialmente, o único método
existente para contagem de bactérias ou para o isolamento de culturas puras
(clones), era a diluição até a extinção, isto é, até a perda da infectividade.
Um progresso importante foi a introdução dos meios sólidos por Koch. Os
materiais usados inicialmente eram pouco satisfatórios: a superfície da batata
cortada podia permitir um crescimento confluente, enquanto que a gelatina
permanecia sólida apenas em temperaturas relativamente baixas, sendo liquefeita
por muitos microrganismos. Assim sendo, Frau Hesse, esposa de um médico e
bacteriologista amador alemão, introduziu o ágar, um produto japonês que ela
empregava para engrossar as sopas.
O ágar (do malaio “agar-ágar”) é um polissacarídeo obtido de certas algas
marinhas (várias algas vermelhas). Constitui-se primariamente de galactose, com
um radical sulfato para cada 10 ou 50 resíduos. O ágar mostrou-se ideal para
formar meios sólidos. Não é tóxico para a bactéria, e muito poucas conseguem
atacá-lo. Em concentrações de 1,5 a 2,0% apresentam uma superfície úmida para
permitir crescimento, mas seca o bastante para manter separadas as colônias
(Excepcionalmente, certos microrganismos móveis, como Proteus, exigem ágar a 5%
para impedir a formação do véu).
Após a fusão entre 80 e 100ºC, as soluções de ágar permanecem líquidas até
45-50ºC, temperatura que muitas bactérias toleram por alguns instantes; após a
solidificação em temperatura ambiente, permanecem sólidas até muito acima de
37ºC. A estrutura fibrosa de um gel é suficientemente compacta para impedir a
movimentação de bactérias no seu interior, mas bastante aberta para permitir a
difusão, até mesmo de nutrientes macromoleculares.
Objetivo: Familiarizar o aluno com o preparo dos meios de cultura mais usados em
microbiologia; Discutir a aplicação de meios para o cultivo de microrganismos
distintos.
Princípio: Os microrganismos, para um crescimento adequado, necessitam de
nutrientes (fontes de carbono, nitrogênio, enxofre, fosfato, etc.) e condições
ambientais favoráveis (pH, pressão osmótica, temperatura, umidade, etc., ). Meios
de cultura é associação qualitativa e quantitativa de substâncias que permitem
o cultivo de microrganismos fora do meio natural. Em condições naturais, nos
diversos “habitats”, os microrganismos ocorrem em populações mistas. Os meios
de cultura permitem isolar os microrganismos para estudo e pesquisa.
Material: Peptona, extrato
de carne, ágar-agar, ágar Mueller-Hinton, Caldo BHI, sangue de carneiro
desfibrinado, tubos contendo 10ml de ágar-base estéril PH-metron, placas de
Petri estéreis, pipetas de 1ml estéril, balança, provetas.
Equipamentos: Autoclave, cronômetro, Banho-Maria a 55ºC.
Método de MAC
CONKEY:
·
Preparar o meio de
cultura MAC CONKEY;
·
Pesar 4g de pó do ágar
MAC CONKEY e adicionar em um copo descartável.
·
Adicionar o pó em um
erlenmeyer e diluir com 100 mL de água destilada por meio de uma proveta.
·
Homogeneizar o
erlenmeyer, colocar uma gaze na abertura e levar para o autoclave, que irá
esterilizar o erlenmeyer.
·
Após o contato com o
autoclave, ele irá solidificar.
·
Derreter no
micro-ondas em cerca de 1min e distribuir para as placas estéreis.
Método de Ágar
sangue:
·
Preparar ágar sangue.
·
Colocar 500
µl de
sangue na placa com auxílio de uma pipeta semiautomática.
·
Esperar solidificar.
Resultados:
Foi somente a preparação de um meio de cultura para familiarizar aos
alunos a técnica de meios de cultura.
4 USO DO AUTOCLAVE
A
autoclave é um aparelho muito utilizado em laboratórios de pesquisas e
hospitais para a esterilização de materiais. O processo de autoclavagem
consiste em manter o material contaminado em contato com um vapor de água em
temperatura elevada, por um período de tempo suficiente para matar todos os
microorganismos.
A
autoclave é formada por um cilindro metálico resistente, vertical ou
horizontal, onde geralmente fica a resistência que aquecerá a água (A). Possui
uma tampa que apresenta parafusos de orelhas (B) e permite fechá-la hermeticamente.
Em cima da tampa estão a válvulas de segurança e de ar (C). Apresenta também
uma chave de comando para controlar temperatura (D) e um registro indicador de
temperatura e pressão (E).
AUTOCLAVAGEM
PASSO A PASSO
Passo 1:
Preparo do material a ser autoclavado
Antes
de autoclavar é necessário preparar o material. As placas de Petri, espátulas,
pipetas devem ser embaladas com papel craft. Frascos com meio de cultura, água
e soluções não devem ser totalmente fechados. Geralmente é utilizada uma rolha
feita de algodão hidrofóbico (que não molha) e gaze. Essa rolha permite que o
vapor entre dentro do frasco e esterilize a solução. Se o recipiente estiver
totalmente fechado não haverá esterilização. É colocada uma fita adesiva
indicadora de esterilização que mudará de cor após a autoclavação.
Passo 2:
Verifique o nível da água.
Adicione
água destilada suficiente para cobrir a resistência, de forma a impedir a
oxidação do metal e danificação da resistência. Coloque o material no cesto
(não coloque mais que um terço do volume do equipamento). Feche a autoclave,
rodando as chaves dispostas. E ligue a autoclave no máximo.
Passo 3:
Ligue a autoclave na chave MAX. Espere até começar a sair um jato de ar
residual e feche a válvula. Depois que fechar a válvula, a temperatura e
pressão começarão a subir.
Passo 4:
Após aproximadamente 15 a 20 minutos, quando o registro estiver marcando 121°
coloque na temperatura média. A partir desse momento começa a esterilização.
Então deve-se marcar 15 ou 20 minutos, (dependendo do volume do material). Após
esse período a autoclave deve ser desligada. Atenção: Espere a temperatura
abaixar antes de abrir o equipamento. Retire o material ainda úmido da
autoclave e deixe-o secar à temperatura ambiente ou em uma estufa. Observe que
a fita indicadora mudará de cor.
Cuidados básicos para a
eficiência da autoclavação:
Antes da
esterilização
-
Higienizar convenientemente os materiais:
-Material
crítico deve permanecer em solução desinfetante durante 30 minutos, antes de se
realizar a limpeza.
-Os
instrumentais devem ser lavados manualmente com o uso de escovas, ou em
lavadoras ultra-sônicas.
-Drenos,
tubos, catéteres devem ser lavados com água e detergente apropriado; devem-se
usar seringas para lavar e enxaguar a luz dos mesmos.
-Agulhas
e seringas devem ser lavadas com detergente e enxaguadas abundantemente para
que este seja removido completamente.
-Acondicionar
os artigos em embalagens adequadas, que permitam a esterilização e a estocagem
do artigo.
-
Identificar os pacotes corretamente, não ultrapassar as dimensões de 30cm x
30cm x 50cm, e o peso de 7 kg. Colocar os pacotes pesados sob os mais leves;
evitar encostá-los nas paredes da câmara, deixar espaço entre eles para
facilitar a drenagem do ar e penetração do vapor. Não sobrecarregar o
equipamento, utilizar apenas 80% de sua capacidade.
-Colocar
a fita indicadora na embalagem externa e vedar os pacotes menores com a mesma.
-Recipientes
como bacias, jarros, ou outros que possuem concavidade devem ser colocados com
sua abertura para baixo para facilitar o escoamento do ar e da água resultante
da condensação do vapor.
Durante
a esterilização
-Verificar
constantemente os indicadores de temperatura e pressão.
Após
a esterilização
-A
porta do aparelho deve ser aberta lentamente e deve permanecer entreaberta de 5
a 10 minutos.
-Os
pacotes não devem ser colocados em superfícies metálicas logo após a
esterilização, pois em contato com superfície fria o vapor residual se condensa
e torna as embalagens úmidas, comprometendo a esterilização uma vez que a
umidade diminui a resistência do invólucro de papel e interfere no mecanismo de
filtração do ar.
-Não
utilizar os pacotes em que a fita indicadora apareça com as listras descoradas
após a esterilização.
Falhas
no processo de autoclavação
As
falhas neste processo podem ser mecânicas ou humanas.
Principais
falhas humanas:
-Limpeza
incorreta ou deficiente dos materiais;
-Utilização
de invólucros inadequados para os artigos a serem esterilizados;
-Confecção
de pacotes muito grandes, pesados ou apertados;
-Disposição
inadequada dos pacotes na câmara;
-Abertura
muito rápida da porta ao término da esterilização;
-Tempo
de esterilização insuficiente;
-Utilização
de pacotes que saíram úmidos da autoclave;
-Mistura
de pacotes esterilizados e não esterilizados;
-Não
identificação da data de esterilização e data-limite de validade nos pacotes;
-Desconhecimento
ou despreparo da equipe para usar o equipamento.
Conclusão:
De acordo com a prática, podemos
concluir que a autoclavagem é um método de exposição de soluções e meios de
cultura a temperaturas superiores a do ponto de ebulição da água, necessárias
para a rápida destruição de esporos bacterianos. A pressão alta é somente um
meio de obter água a temperaturas mais elevadas, do que a do seu ponto de ebulição
à pressão atmosférica.
5 AÇÃO DA RADIAÇÃO U.V. SOBRE O
CRESCIMENTO BACTERIANO
Objetivos: Demonstrar a ação da radiação U.V sobre o crescimento bacteriano.
Princípio: Propriedade da luz ultravioleta de agir sobre a bactéria inibindo o
seu crescimento pela ação a nível de DNA, onde propicia a formação de dímeros
de timina que interferem no mecanismo de replicação, transcrição e tradução de
informações genéticas.
Material: Suspensão de bactérias em salina (E.coli, S.aureus, etc.),
ágar Mueller-Hinton em placas, swab estéril, álcool comercial, becker
de 250ml, bico de Bunsen.
Método:
Introduzir o swab estéril no tubo contendo a suspensão bacteriana,
retirar o excesso e espalhar uniformente sobre toda superfície das 3 placas
contendo ágar Mueller-Hinton. Expor às placas a radiação U.V., conforme o
esquema abaixo:
- Placa 1: Expor à radiação U.V por 5 min.
- Placa 2: Expor à radiação U.V por 10 min.
- Placa 3: Expor à radiação U.V por 15 min.
Incubar todas as placas na estufa a
37ºC por 24 a 48horas.
Resultados: Observar a formação de colônias em todas as placas e averiguar
onde ocorreu maior e menor crescimento. Se possível determinar o nº de colônias
em cada placa e percentagem de inibição em função da placa controle.
Conclusão:
Quanto ao local,
pode-se dizer que ocorreu um menor crescimento na parte exposta da placa e um
maior crescimento na parte coberta pelo vidro. Isso porque a radiação U.V não
possui um alto poder de penetração.
Quanto ao tempo,
pode-se relatar que ocorreu um menor crescimento na placa de
15 minutos na área exposta a radiação, porque a ação U.V. vai matando as
bactérias gradativamente, sendo que a intensidade aumenta com o decorrer do
tempo.
Entendendo assim,
infere-se que a luz U.V (luz ultra-violeta) interfere no crescimento
bacteriano, sendo um fator antimicrobiano para as colônias laboratoriais.
6 AÇÃO DE ANTISSÉPTICOS
Define-se como antisséptico (anti,
contra e sepsis, putrefação), toda substância capaz de impedir a
proliferação das bactérias, seja inativando-as (efeito bacteriostático), seja
destruindo-as (efeito germicida). O vocábulo deveria restringir-se ao emprego
em tecidos vivos, como exemplo na antissepsia das feridas, ao contrário do
termo desinfetante, reservado ao caso de substâncias inanimadas, como na
desinfecção de fômites ou excretos. Na prática, porém, tais conceitos nem
sempre delimitam perfeitamente, empregando-se como sinônimos. Assepsia é o
conjunto de meios usados para impedir a penetração de germes em local que não
os contenha.
Devido à constante exposição e contato
com o meio ambiente, a pele está particularmente propensa a abrigar
microrganismos transitórios. Todavia, dispõe de uma microbiota residente
constante e bem definida, modificada em diferentes
regiões anatômicas por secreções, uso de roupas ou proximidade de mucosas
(boca, nariz, áreas perineais, etc.). A Microbiota da pele está caracterizada
principalmente por bacilos difteróides aeróbios,
estafilococos aeróbios não hemolíticos, bacilos Gram-positivos aeróbios,
estreptococos alfa-hemolíticos, enterococos, bacilos coliformes Gram-negativos
e Acinetobacter.
Objetivos: Verificar a ação dos agentes químicos sobre a
microbiota residente nas mãos e os fatores que influenciam no processo da
assepsia das mãos. Demonstrar técnicas eficientes de assepsia.
Princípio: Eliminação
parcial dos microrganismos na superfície corpórea pela ação de agentes químicos
que não agridem o tecido (detergentes, sabão, álcool, iodo, etc) e ação
mecânica da escovação.
Material: Sabão
ou sabonete, escova de unhas, álcool iodado, alcool a 70%, ágar Mueller-Hinton
em placas, caldo BHI em tubos, galeria para tubos, salina estéril, swab
estéril.
Método:
·
Preparar o meio
de cultura em um erlenmeyer e levar para o autoclave;
·
Após isso,
fundir (derreter) o meio contido no erlenmeyer utilizando o micro-ondas;
·
Distribuir o
meio para duas placas estéreis;
·
Selecionar um
voluntário para realizar o procedimento;
·
O voluntário
deve colocar qualquer mão diretamente na
placa de Petri estéril (1), sem realizar a assepsia;
·
Após isso, ele
deve realizar o processo de lavagem e assepsia da mão que foi posta sobre a
placa, utilizando água, sabão,
detergente e álcool 70%;
·
Esperar alguns minutos para secar;
·
Concluído o
processo, o voluntário irá colocar novamente a mão, que agora já passou pelo
processo de assepsia, sobre outra placa de Petri (2);
·
Enumerar as
placas e colocá-las na estufa a uma temperatura de cerca de 37ºC e em um
período de 24h, para análises posteriores.
Resultados:
Os
resultados não foram totalmente elucidados, mas pode-se sugerir a seguinte
interpretação:
Na placa com a mão sem assepsia (1), espera-se
encontrar uma grande quantidade de microrganismos residentes normais da pele,
não gerando nenhum tipo de interferência.
Na placa com a mão com assepsia (2), espera-se
encontrar uma pequena população de microrganismos residentes da pele, pois foi
exercida uma influência através da inserção de antimicrobianos, reduzindo
significativamente a quantidade de micróbios.
Conclusão:
Por
meio dessa prática, pode-se inferir que os produtos antissépticos são eficazes
no processo de assepsia, pois podem reduzir significativamente a população de
micro-organismos residentes e transientes da microbiota da pele e, portanto,
controlar o risco de infecções.
7
ANTIBIOGRAMA
Introdução:
O antibiograma é um teste laboratorial realizado
para detectar com mais precisão a bactéria a ser eliminada, dizendo em melhores
palavras e mais simples, é um exame que irá verificar por meios de técnicas
especificas a bactéria que esta hospedada no paciente e causando sintomas
específicos.
Objetivos: Determinar a susceptibilidade de microrganismos a diferentes
antibióticos por meio da técnica de difusão em ágar. Interpretar um
antibiograma em função do diâmetro do halo de inibição de diferentes
antibióticos.
Princípio: Os antibióticos impregnados nos discos, difundem no ágar e formam um
halo de inibição ao seu redor quando encontram bactérias sensíveis. A bactérias
resistentes crescem próximo ao disco, não ocorrendo a formação de halo.
Material: Placas contendo ágar Mueller-Hinton, Microrganismo isolado em cultura
pura (E.coli ou S.aureus) e suspenso em salina (inóculo), Discos
adesivos de antibióticos.
Método:
·
Preparar o meio de cultura em um Erlenmeyer.
·
Derreter e distribuir entre as placas
de Petri.
·
Contornar a superfície da placa de
Petri com uma suspensão de bactérias.
·
Colocar o disco adesivo de antibióticos
(Gram-positivo e Gram-negativo) ao redor das placas de Petri.
·
Levar as placas para a estufa a uma
temperatura de 37ºC em um período de 24 horas.
·
Observar o resultado do antibiograma.
Conclusão:
Nessa
prática, pode-se observar a ação dos antibióticos. O Disco adesivo possui a
função de identificar áreas de decrescimento bacteriano e associá-las ao
antibiótico empregado próximo ao local. Portanto, o antibiograma é bastante
utilizado no dia a dia dos laboratórios, pois é responsável pela identificação
de antibióticos mais eficazes para determinados microrganismos e, assim,
determinar o medicamento mais viável para o tratamento de pacientes.
FACULDADE
DE IMPERATRIZ – FACIMP
CURSO
DE FARMÁCIA
ADRIANA
JHENE
JUAN
PEREIRA DA SILVA
JOSÉ
VINCIUS DOS ANJOS
CAMILA
DUARTE
MARIA
BRENDA
AULAS
PRÁTICAS DE MICROBIOLOGIA
Trabalho apresentado a
Faculdade de Imperatriz – FACIMP do curso de Farmácia para obtenção de notas na
matéria de Microbiologia.
Orientador (a): Dr: Luis
Carlos Figueira.
Pratica
01 – Coleta de Material
·
INTRODUÇÃO
A coleta, a conservação e o
transporte de material ou amostra clínica constituem a base do trabalho
microbiológico, que culmina com a identificação do agente infeccioso e o perfil
de sensibilidade aos antimicrobianos. A padronização desses procedimentos
reflete na melhor utilização dos recursos da microbiologia, com maior qualidade
dos resultados e economia de recursos.
·
PROCEDIMENTO
1- Passar o suabe na mucosa
2- Fazer o esfregaço na
lâmina
3- Colocar o cristal violeta
esperar 1 minuto
4- Colocar o lugol aguardar
1 minuto
5- Levar no bico de bunsem
para fixar
6- Coloca fucsina e aguardar
30 segundo.
·
MATERIAS
Suabe
Lugol
Lâmina
Fucsina
Bico de bunsem
Cristal violeta
Prática
02 – Coloração de Gram
·
INTRODUÇÃO
A coloração de Gram (nome
atribuído em homenagem ao seu inventor, Hans Christian Gram), é um teste
laboratorial usado para detetar a presença de microrganismos, principalmente
bactérias, numa amostra retirada do foco de infeção. Este teste determina, de
forma relativamente rápida, a estirpe bacteriana presente na amostra. Numa
coloração de Gram a amostra é fixada a uma lâmina de vidro e deixada a secar. É
aplicada então à lâmina uma coloração especial e, em seguida, observa-se ao
microscópio.
·
OBJETIVO
Observar formas, disposição
e comportamento tintorial das bactérias. Distinguir bactérias Gram-positivas
das Gram-negativas.
·
MATERIAIS
Solução cristal-violeta 2%;
Solução aquosa de iodo
(Lugol);
Mistura álcool-acetona;
Solução alcoólica de safranina;
Suporte para lâminas;
Alça de platina;
Bico de Bunsen;
Microscópio;
Óleo de Imersão.
·
PROCEDIMENTOS
1) Preparar
o esfregaço e fixar ao calor
2) Cobrir
a área do esfregaço com a solução de
cristal-violeta por cerca de 1min.;
3) Lavar
com água corrente e escorrer o excesso de água;
4) Cobrir
a área do esfregaço com a solução de iodo durante cerca de 1 minuto;
5) Descorar
a lâmina com a mistura álcool-acetona, até que o solvente escorra incolor;
6) Cobrir
o esfregaço com a solução de safranina1 por cerca de 30 segundos;
7) Lavar
com água corrente;
8) Deixar
secar ao ar .
·
RESULTADOS
As bactérias Gram-positivas
retêm o cristal-violeta e se apresentam com coloração violeta, enquanto as
Gram-negativas são descoradas pelo álcool-acetona, sendo, portanto, coradas
pela safranina e se apresentam róseas.
·
CONCLUSÃO
A realização de testes básicos
para identificação de bactérias, através do método de coloração de Gram,
permitiu-se concluir que existem diferenças significativas na composição da
parede celular de bactérias Gram positivas e Gram negativas. O mecanismo de
reação de Gram demonstrou-se um método eficiente de coloração diferencial,
podendo-se, através dos resultados obtidos, diferenciar bactérias Gram
positivas de Gram negativas, atuando como ferramenta auxiliar, na identificação
de bactérias fitopatogênicas.
Prática
03 – Observação de Microorganismo
·
INTRODUÇÃO
O esfregaço bacteriano é
tratado com os reagentes na seguinte ordem: o corante púrpura cristal violeta,
a solução de iodo (substância que fixa o corante no interior da célula), o
álcool (remove o corante de certas bactérias) e o corante vermelho safranina.
·
OBJETIVO
Verificar a presença de
microorganismos em objetos/ambientes em meios de cultura.
·
PROCEDIMENTOS
1 - Confeccionar um
esfregaço, ou uma camada fina do espécime sobre uma lâmina de vidro.
2 - Fixar o esfregaço seco à
lâmina, usualmente com o calor, para fazer aderir o microrganismo à lâmina.
3 - Coloração com um ou mais
corantes.
·
RESULTADOS
Observou-se as estruturas
dos microrganismos.
Prática
04 – Meio de Cultura
·
INTRODUÇÃO
Meios de cultura são
composições de substâncias que fornecem nutrientes necessários para o
desenvolvimento de microrganismos. Sendo favorecido o crescimento, é possível a
identificação desses organismos através das suas atividades bioquímica e
metabólica. Além dos nutrientes, existem condições ambientais para o
crescimento microbiano, como temperatura, pH, umidade, presença ou não de
oxigênio (condição aeróbia e anaeróbia), entre outros.
·
OBJETIVO
Familiarizar o aluno com o
preparo dos meios de cultura mais usados em microbiologia; Discutir a aplicação
de meios específicos para o cultivo de microrganismos distintos.
·
MATERIAIS
Peptona;
Extrato de carne;
Àgar-agar;
Àgar Mueller-Hinton;
Caldo BHI;
Sangue de carneiro desfibrinado;
Tubos contendo 10ml de
ágar-base estéril PH-metron;
Placas de Petri estéreis;
Pipetas de 1ml estéril;
Balança;
Provetas;
Autoclave;
Cronômetro;
Banho-Maria a 55ºC.
·
PROCEDIMENTOS
Suspender 38,0g em 1000ml de
água destilada ou deionizada e aquecer até ebulição para dissolver
completamente. Esterilizar em autoclave durante 10 min, a 15 Atm pressão
(121ºC), esfriar a 50ºC e distribuir em placas de Petri.
·
RESULTADOS
Após a fusão entre 80 e
100ºC, as soluções de ágar permanecem líquidas até 45-50ºC, temperatura que
muitas bactérias toleram por alguns instantes; após a solidificação em
temperatura ambiente, permanecem sólidas até muito acima de 37ºC. A estrutura
fibrosa de um gel é suficientemente compacta para impedir a movimentação de
bactérias no seu interior, mas bastante aberta para permitir a difusão, até
mesmo de nutrientes macromoleculares.
Prática
05 – Ação da Radiação U.V
·
INTRODUÇÃO
Maior parte do espectro
ultra violeta, a radiação UVA (comprimento de onda entre 315 e 400 nm) possui
intensidade constante durante todo o ano, atingindo a pele praticamente da
mesma forma durante o inverno ou o verão. Sua intensidade também não varia
muito ao longo do dia, sendo pouco maior entre 10 e 16 horas do que nos outros
horários.
A radiação UVA penetra
profundamente na pele e suprime o sistema imune, sendo a principal responsável
pelo fotoenvelhecimento. Tem importante participação nas fotoalergias e também
predispõe a pele ao surgimento do câncer.
Os raios UVA também estão
presentes nas câmaras de bronzeamento artificial, em doses mais altas do que na
radiação proveniente do sol.
·
OBJETIVOS
Demonstrar a ação da
radiação U.V sobre o crescimento bacteriano.
·
MATERIAIS
Suspensão de bactérias em
salina (E.coli, S.aureus, etc.);
Àgar Mueller-Hinton em
placas;
Swabestéril;
Àlcool comercial;
Becker de 250ml;
Bico de Bunsen.
·
PROCEDIMENTOS
Introduzir o swab estéril no tubo contendo a suspensão bacteriana,
retirar o excesso e espalhar uniformente sobre toda superfície das 5 placas
contendo ágar Mueller-Hinton. Expor as placas a radiação U.V., conforme o
esquema abaixo:
Placa 1: não expor à
radiação U.V (CONTROLE)
Placa 2: Expor à radiação
U.V por 10 seg.
Placa 3: Expor à radiação
U.V por 30 seg.
Placa 4: Expor à radiação
U.V por 60 seg.
Placa 5: Expor à radiação
U.V por 180 seg
Incubar todas as placas na
estufa a 37ºC por 24 a 48horas.
·
RESULTADOS
Observou-se que com 5
minutos já é tempo suficiente para que a Radiação U.V elimine 99% das colônias bacterianas.
Prática
06 – Ação dos Antissépticos
·
INTRODUÇÃO
Podemos afirmar que todas as
substâncias e produtos destinados a higienização, desinfecção, ações com
finalidade de destruir e inibir a multiplicação e proliferação de
microrganismos patogênicos, podem ser entendidos como antissépticos. Mas
antissépticos são substâncias e produtos capazes de agir como o comentado acima,
em tecidos vivos sobre a cútis(pele) e mucosas(boca), sem causarem lesões ou
irritações.
Eles são feitos para
aplicação em humanos e animais que necessitem de higienização em áreas do corpo
contaminadas, ferimentos, na higiene bucal (como coadjuvante na prevenção dos
males da boca, como halitose, cárie e placas bacterianas), entre outras que
precisem de tratamento ou prevenção contra agentes patogênicos.
·
OBJETIVO
Verificar a ação dos agentes
químicos sobre a microbiota residente nas mãos e os fatores que influenciam no
processo da assepsia das mãos. Demonstrar técnicas eficiente de assepsia.
·
MATERIAIS
Sabão ou sabonete;
Escova de unhas;
Àlcool a 70%;
Àgar Mueller-Hinton em
placas;
Caldo BHI em tubos;
Galeria para tubos;
Salina estéril;
Swab esteril.
·
PROCEDIMENTOS
1) Preparar a placa de Petri
com o meio de cultura, levar a geladeira para solidificar.
2) Passar a mão suja na
placa.
3) Lavar as mãos com todos
os antissépticos e por fim passar álcool 70%.
4) Colocar novamente a mão
esterilizada em outra placa de Petri para realizar a comparação.
5) Levar para a estufa
37,5ºC.
·
RESULTADOS
Placa da esquerda sem
assepsia, placa da direita após a assepsia.
Método é eficiente consegue
remover grande quantidade das colônias de bactérias contida na mão do
individuo.
Pratica
07 – Autoclave
·
INTRODUÇÃO
A autoclave é um aparelho muito utilizado em laboratórios
de pesquisas e hospitais para a
esterilização de materiais. O processo de autoclavagem consiste em manter o
material contaminado em contato com um vapor de água em temperatura elevada,
por um período de tempo suficiente para matar todos os microorganismos.
A autoclave é formada por um cilindro metálico
resistente, vertical ou horizontal, onde geralmente fica a resistência que
aquecerá a água (A). Possui uma tampa que apresenta parafusos de orelhas (B) e
permite fechá-la hermeticamente. Em cima da tampa estão a válvulas de segurança
e de ar (C). Apresenta também uma chave de comando para controlar temperatura
(D) e um registro indicador de temperatura e pressão (E)
·
PROCEDIMENTOS
Passo 1: Preparo do material a ser autoclavado
Antes de autoclavar é necessário preparar o material. As
placas de Petri, espátulas, pipetas devem ser
embaladas com papel craft. Frascos com meio de cultura, água e soluções
não devem ser totalmente fechados.
Geralmente é utilizada uma rolha feita de algodão hidrofóbico (que não molha) e
gaze. Essa rolha permite que o vapor
entre dentro do frasco e esterilize a solução. Se o recipiente estiver
totalmente fechado não haverá esterilização. É colocada uma fita adesiva
indicadora de esterilização que mudará de cor após a autoclavação.
Passo 2: Verifique o nível da água.
Adicione água destilada suficiente para cobrir a
resistência, de forma a impedir a oxidação do metal e danificação da resistência.
Coloque o material no cesto (não coloque mais que um terço do volume do
equipamento). Feche a autoclave, rodando as chaves dispostas. E ligue a
autoclave no máximo.
Passo 3:
Atenção: Ao utilizar uma autoclave pela primeira vez,
peça alguém que já tenha experiência com este aparelho para te acompanhar.
Então para começar...
Ligue a autoclave na chave MAX. Espere até começar a sair
um jato de ar residual e feche a válvula. Depois que fechar a válvula a
temperatura e pressão começarão a subir.
Passo 4
Após aproximadamente 15 a 20 minutos, quando o registro
estiver marcando 121° coloque na temperatura média. A partir desse momento
começa a esterilização. Então se deve marcar 15 ou 20 minutos, (dependendo do
volume do material). Após esse período a autoclave deve ser desligada.
Atenção: Espere a temperatura abaixar antes de abrir o
equipamento.
Retire o material ainda úmido da autoclave e deixe-o
secar à temperatura ambiente ou em uma estufa. Observe que a fita indicadora
mudará de cor
Prática
08 – Antibiograma
·
INTRODUÇÃO
Um antibiograma é o resultado de um exame laboratorial
para a sensibilidade de uma linhagem de bactéria isolada para diferentes
antibióticos. É, por definição, um teste de sensibilidade in vitro.
Na clínica, antibióticos são frequentemente prescritos
com base em guias gerais do conhecimento a respeito da sensibilidade, ex:
infecções urinárias sem complicações podem ser tratadas com quinolonas de
primeira geração, etc. Isso ocorre porque a Escherichia coli é o provável
patógeno, e é sabidamente sensível ao tratamento com quinolonas
·
PROCEDIMENTO
1) Colocar o meio de cultura em uma Placa de Petri;
2) Levar a geladeira para solidificar;
3) Colocar o swab no tubo de ensaio com as bactérias e
depois fazer o esfregaço na placa de Petri.
4) Colocar na estuda a 37,5º C.
·
RESULTADO
Observou-se que as bactérias que não era resistente aos
antibióticos próximos não cresceram colônias. Salientando que o método de
antibiograma é eficaz para verificar se a bactéria é resistente ao antibiótico.